Você quer entender como funciona a vida dos nômades digitais?
Ou então gostaria de saber como faz para trabalhar online enquanto viaja pelo mundo? Por onde iniciar? Quais cidades morar?
Se sim, esse vai ser o melhor e mais completo artigo sobre nomadismo digital que você vai ler na sua vida…
… escrito por um nômade digital de verdade!
Em 2010 pedi demissão do meu emprego em um banco em São Paulo e sem nem imaginar que existia tal terminação, acabei me tornando um “Nômade Digital”.
Nesses 10 anos vivendo pelo mundo acompanhado apenas do meu laptop, já fui chamado várias vezes por jornalistas de “o primeiro nômade digital do Brasil” – o que é difícil provar, na minha opinião.
E pra falar a verdade, eu não ligo muito pra esses rótulos.
Sabe por quê?
Porque ser um nômade digital é exatamente se despegar do que os outros pensam de você. E viver a vida nos seus próprios termos…
… fazer o que quiser, quando quiser, como quiser e principalmente:
De onde quiser!
Se sua intenção é se tornar um nômade e viver viajando pelo mundo, ou então apenas matar a curiosidade e entender como é a vida dessas pessoas, hoje você vai sair daqui com uma visão nova de como a vida pode funcionar.
Preparado?
- O que é um nômade digital?
- Qual o custo de vida de viver viajando?
- Quais as melhores cidades e países para nômades digitais?
- Como funciona a questão dos vistos de viagem?
- Preciso fazer um seguro de viagem internacional?
- Como é a rotina de uma pessoa que vive viajando?
- Qual o melhor chip internacional de viagem (SIM card)?
- Quais cartões e bancos cobram menos taxas de viajantes?
- Que língua preciso falar para iniciar no nomadismo digital?
- Como fazer amizades e conhecer pessoas viajando?
- Existem comunidades online para viajantes nômades?
- Quem são os nômades digitais brasileiros mais conhecidos?
- Onde conseguir empregos ou trabalhos remotos?
- Quero virar um nômade digital!
Aperte os cintos, estamos pronto para decolar!
O que é um Nômade Digital?
Um nômade digital é uma pessoa que tem a possibilidade de trabalhar pelo computador e morar em qualquer lugar do mundo.
Existem nômades digitais que possuem bases em algumas cidades e fazem viagens constantes (como eu), outros que preferem mudar para um país novo a cada semana/mês e os que simplesmente preferem continuar onde sempre estiveram e viajam quando dá vontade.
Mas peraí: um nômade digital precisa estar viajando o tempo todo?
Na minha opinião: não.
Nômade digital na verdade é ter um estilo de vida focado em liberdade, principalmente geográfica.
Você faz o que quiser, quando quiser e aonde quiser. É claro que existem alguns trabalhos que tornam isso mais fácil e outros tornam mais difícil.
(vou falar sobre como os nômades ganham dinheiro mais pra frente)
Em resumo, a partir do momento que você consegue se manter trabalhando pelo seu computador e não tiver algo te prendendo em uma cidade específica (como um emprego), você já pode se caracterizar como um nômade digital.
Qualquer pessoa pode se tornar um nômade digital, independente da idade, profissão e estado civil.
Qual o custo de vida de morar pelo mundo?
O custo de vida de ser um nômade digital e morar em qualquer lugar do mundo depende muito do seu estilo de vida.
Essa é uma das perguntas que mais recebo no meu instagram, e é uma das mais difíceis de responder, porque realmente não há um custo de vida one-size-fits-all.
Se você mora hoje em São Paulo em um apartamento de alto padrão, frequenta lugares caros, come fora todo dia e gosta deste estilo, então você possivelmente não vai viver “tão barato” ao redor do mundo.
Porém, se você tem um custo de vida baixo na sua própria cidade hoje, e está feliz assim, então vai conseguir gastar bem menos que a opção anterior.
Para facilitar, eu gosto de criar 3 classificações de nômades digitais:
- Nômade Digital Iniciante: costuma morar em cidades baratas, ganham entre 500 e 1500 dólares por mês, cozinha sempre que possível, mora em hostels, apartamentos baratos ou dividindo com amigos que acabam conhecendo. Tende a viajar menos, e quando faze, opta por caronas ou ônibus. De modo geral, quem está iniciando no nomadismo digital, gasta por mês algo na mesma faixa do que ganha = média de 800 dólares.
- Nômade Digital Intermediário: já podem optar por morar em grande parte do mundo sem ficarem presos a países baratos somente. Eles ganham entre 1500-4000 dólares por mês e se dão ao luxo de viajar (de avião) com mais frequência e usufruir de mais entretenimento. Esses tendem a gastar em média 2000 dólares por mês com todas despesas.
- Nômade Digital Avançado: preferem se enquadrar mais na categoria de “expats” ou “location independent” do que como “digital nomads”. Ganham mais de 5 mil dólares mensais e possuem poucas restrições quanto a gastos. Eles também costumam ter bases fixas pelo mundo, podem viajar de business class em trechos longos e geralmente convivem com empreendedores e empresários da cidade em que possuem bases, evitando o círculo dos nômades digitais iniciantes.
A última opção é mais difícil de definir um valor, pois realmente depende de onde ele optou por set base e qual estilo de vida segue.
Um location independent entrepreneur (ou nômade digital avançado) morando em Londres, tende a gastar entre 4 a 10 mil dólares mensais, por exemplo.
Já um morando em Budapeste (como eu), gasta entre US$ 3-6 mil no máximo (é muito difícil gastar mais que isso por aqui).
Ambos vivendo muito bem e com alguns luxos.
Por isso, além dos hábitos pessoais, a cidade que o viajante escolheu para viver temporariamente tem grande impacto no seu custo de vida mensal.
De modo geral, os custos mais altos são hospedagem e alimentação (e entretenimento, para alguns).
O Airbnb é o melhor amigo do nômade digital. Escrevi um artigo fantástico de como economizar nas suas reservas, além de um belo cupom Airbnb pra você se hospedar com desconto.
Ele é usado principalmente para hospedagens de curto e médio prazo (dias-meses).
Para viver por mais de 3 meses (médio-longo prazo), os nômades iniciantes/intermediários costumam encontrar apartamentos em grupos de Facebook da cidade ou conseguem negociar boas opções no Airbnb.
Imobiliárias tendem a ser um pouco mais complexas, pois fazem muitas exigências de documentos e garantias dependendo da cidade/país.
Já os nômades com mais dinheiro usam, além do Airbnb, o serviço de agências imobiliárias ou sites locais de aluguel para assinarem um contrato de médio-longo prazo quando forem set base.
É comum ter que deixar 2-3 meses de aluguel pagos antecipadamente nesses casos, e às vezes, também comprovar renda.
Eu, particularmente, gosto de ter uma base com contrato de longo prazo e ficar frequentando outros países esporadicamente em viagens de 1-4 semanas (além de viagens mais curtas, aos finais de semana).
Nômades digitais raramente se hospedam em hotéis, exceto em viagens muito curtas. Morar em apartamentos alugados dão uma sensação muito melhor de “estar em casa”, enquanto hotéis possuem aquele ar de viagem turística (que não é o que os nômades digitais fazem).
Quais as melhores cidades e países para nômades digitais?
As melhores cidades e países para nômades digitais morarem varia muito dos gostos pessoais de cada um – e do budget, é claro.
Tem gente que prefere natureza, outras preferem cidades. Isso já muda completamente a decisão de “melhor” x “pior”.
O site Nomad List faz uma seleção bacana das melhores cidades para nômades digitais, baseado em vários fatores como:
Clima, preços, velocidade da internet, nível de inglês, poluição, segurança, popularidade entre nômades, entre outros.
Outro site bastante útil para nômades definirem o próximo país que irão morar temporariamente, é o Numbeo.
Ele te permite comparar o custo de vida entre duas cidades e saber quanto custa por exemplo, um almoço ou uma cerveja em cada lugar.
Pela minha experiência, posso dizer que entre os nômades digitais iniciantes / intermediários, é muito comum encontrar no roteiro cidades como:
- Chiang Mai na Tailândia
- Canggu em Bali
- Krakow na Polônia
- Saigon no Vietnam
- Brasov na Romênia
- Bansko na Bulgária
- Belgrado na Sérbia
- Kiev na Ucrânia
Já os viajantes com mais verba para gastar, focam não só na qualidade de vida, mas também nas cidades que oferecem maior oportunidade de networking em suas áreas.
E aí começam a surgir outras cidades, como:
- Lisboa em Portugal
- Budapeste na Hungria
- San Diego na Califórnia
- Bangkok na Tailândia
- CDMX no México
- Medellin na Colômbia
- Berlin na Alemanha
- Tokyo no Japão
- Barcelona na Espanha
- Seoul na Coréia do Sul
- Taipei em Taiwan
- Amsterdam na Holanda
A quantidade de opções é proporcional ao tamanho do budget.
Cidades brasileiras ainda não fazem parte do roteiro dos nômades digitais internacionais pela distância, dificuldade com o idioma, burocracia com vistos e medo da violência. Mas as cidades prediletas deles, na minha percepção, são Florianópolis (para nômades brasileiros) e Rio de Janeiro (para nômades gringos).
Uma das comunidades de independent location entrepreneurs que participo, o Dynamite Circle, tem um ranking com as cidades mais habitadas pelos membros do grupo naquele momento:
Fato curioso: nós, membros do DC, costumamos viajar mensalmente para nos encontrarmos em várias cidades pelo mundo. No mês que escrevi este artigo (final de outubro), todos costumam se reunir em Bangkok para o maior evento do ano, o DCBKK. Logo em seguida, muitos vão pra Chiang Mai descansar. Por isso a alta incidência de pessoas lá neste momento.
(falarei mais sobre grupos e sites de nômades mais abaixo)
E para concluir, existem também cidades que curiosamente recebem muitos brasileiros, mas poucos nômades digitais em si. São elas:
- Sidney na Austrália
- Dublin na Irlanda
- Vancouver no Canadá
- Londres na Inglaterra
- Nova York nos Estados Unidos
Isso acontece pois essas pessoas (geralmente estudantes ou recém-formados) mudam para cidades com mais oportunidades de emprego e visto de trabalho.
Já os nômades não se importam com isso, pois trabalham online e muitas vezes ficam no país somente usando seu visto de turista.
Como funciona a questão dos vistos de viagem?
Essa é uma dúvida bastante comum entre os nômades digitais brasileiros e hoje vou solucioná-la de uma vez por todas.
Nômade digital, perante a imigração, é um turista.
Simples assim.
Jamais diga ao oficial de imigração que você “trabalha online”. Evite problemas.
Problema #1 solucionado, agora vamos ao segundo.
“Quanto tempo posso ficar em cada país?”
Agora entra a parte mais divertida.
Felizmente, eu sou brasileiro e italiano. Então com os dois passaportes posso morar sem dificuldade na Europa por longo prazo.
Mas se você não teve a sorte de ter dupla cidadania, basta entender como funcionam as regras de cada país.
Vistos para brasileiros na Europa
Primeiro, você precisa entender, que no continente Europeu, existe algo chamado “Área Schengen” (não é a mesma coisa que “Europa” e nem que “União Européia” – é um acordo específico).
Nessa área, você pode circular livremente, sem ter que passar por imigrações ou carimbar o passaporte ao cruzar a divisa entre eles.
Lista dos 26 países da área Schengen:
- Austria
- Belgium
- Czech Republic
- Denmark
- Estonia
- Finland
- France
- Germany
- Greece
- Hungary
- Iceland
- Italy
- Latvia
- Liechtenstein
- Lithuania
- Luxembourg
- Malta
- Netherlands
- Norway
- Poland
- Portugal
- Slovakia
- Slovenia
- Spain
- Sweden
- Switzerland
Com o passaporte brasileiro, você tem direito a ficar por 90 dias dentro da área Schengen (independente do país).
Esse prazo é válido dentro de uma janela de 180 dias (se ficar confuso, aqui uma calculadora bem útil).
Ou seja, vamos supor que você passou 1 mês na Itália, 1 mês na Polônia e 1 mês na Alemanha, dentro do prazo dos 180 dias.
Você precisa agora abandonar a área Schengen, caso contrário estará ilegal, e irá receber o carimbo de “Overstay” quando passar pela imigração.
E o que os nômades digitais fazem pra morar na Europa por longo prazo?
Eles ficam revezando entre países que fazem parte do tratado Schengen e países que não fazem.
Lista dos 23 países europeus não-Schengen:
- Albania
- Andora
- Armenia
- Azerbaijan
- Belarus
- Bosnia & Herzegovina
- Bulgaria
- Croatia
- Cyprus
- Georgia
- Ireland
- Kosovo
- Macedonia
- Moldova
- Monaco
- Montenegro
- Romania
- San Marino
- Serbia
- Turkey
- Ukraine
- The United Kingdom
- Vatican City
Esses 23 países fazem parte da Europa, mas não da área Schengen, portanto, cada um tem sua própria regra de estadia.
De modo geral, com passaporte brasileiro, você consegue ficar por 90 dias em cada um, mas existem exceções.
Aqui um bom roteiro para nômades digitais passarem um ano inteiro, sem ter problemas com visto:
1 mês em cada: 1) Itália* -> 2) Romênia -> 3) Serbia -> 4) Hungria* -> 5) Bulgaria -> 6) Polônia* -> 7) Inglaterra -> 8) Irlanda -> 9) Portugal* -> 10) Ucrânia -> 11) Espanha -> 12) Holanda*
* países pertencentes à área Schengen
Em resumo: sendo um nômade, você pode sim morar na Europa por quanto tempo quiser, pro resto da sua vida, sem ter um passaporte europeu.
Vistos para Brasileiros na Ásia
Principalmente o Sudeste Asiático, é bastante demandado por nômades digitais.
Em países como Vietnam, Tailândia e Indonésia, você vai encontrar não só praias paradisíacas, mas também preços relativamente baixos pela qualidade de vida que consegue levar.
Cada país possui sua própria regra de vistos, e por isso é muito importante você pesquisar exatamente em qual deles quer viver.
Acesso com passaporte brasileiro ao Sudeste Asiático:
- Brunei: precisa de visto
- Burma (Myanmar): precisa de visto
- Cambodia: precisa de visto
- Timor-Leste: precisa de visto
- Indonesia: dispensa de visto, por até 30 dias (e se pretender ficar mais de 30 dias, vale a pena pagar por um visto prorrogável logo na chegada)
- Laos: precisa de visto
- Malásia: dispensa de visto, por até 90 dias
- Filipinas: dispensa de visto, por até 59 dias (pode prorrogar por mais 31 dias)
- Singapore: dispensa de visto, por até 30 dias
- Tailândia: dispensa de visto, por até 90 dias
- Vietnam: precisa de visto
* essas informações podem se desatualizar com o tempo, verifique sempre antes de viajar no Portal Consular do Itamaraty
Morando por longo prazo em qualquer país
Uma última dica importante é: caso você tenha se apaixonado por algum país (ou por alguém que mora nele), você pode sim ir além do que seu passaporte te permite – legalmente.
A maioria dos países no planeta possuem programas de vistos para quem quer ficar nele por médio-longo prazo.
Você pode encontrar programas de estudos, de trabalho, de investimentos ou doações, se matricular em programas de férias estendidas, além da possibilidade de fazer visa-run em muitos deles, que é basicamente sair e entrar do país para re-iniciar a contagem.
Minha dica: se encontrou algum país que quer morar, tente se informar sobre os programas de visto para residência temporária.
O Google, como vocês podem imaginar, tem todas respostas pras suas dúvidas, mas também existem várias empresas especializadas em auxiliar pessoas a imigrarem.
Tudo é possível quando se trata de imigração, depende é claro de quanto esforço e dinheiro você quer investir nisso.
Preciso fazer um seguro de viagem internacional?
Eu possuo aqui no blog um artigo mais extenso falando tudo sobre seguro saúde de viagem internacional, mas vou resumir pra facilitar sua vida:
A melhor forma é cotar com várias empresas diferentes. Os valores estão sempre mudando, e é difícil dizer qual a melhor empresa hoje.
Eu recomendo fortemente o pessoal do Seguros Promo pra fazer essa cotação, é só inserir as datas que quer viajar, os continentes, e ele te dá os melhores preços e a opção de já comprar online, bem rápido e prático.
De modo geral, as empresas brasileiras saem mais baratas que programas internacionais em dólares, como o da World Nomads. E funcionam tão bem quanto.
Pra quem possui bons cartões de crédito (nível Platinum pra cima), vale a pena checar também no site do seu banco se eles possuem cobertura, assim não precisa pagar um extra.
É obrigatório, porém, fazer as reservas de passagens sempre usando esse cartão de crédito, senão eles não cobrem.
Eu particularmente possuo a Tessera Sanitaria, que é um convênio de saúde do governo italiano que dá cobertura a emergências em toda União Européia, mas também tenho um plano anual que faço com a FirstMed em Budapeste, na Hungria. Pago 500 euros anuais e funciona que é uma beleza.
Porém, quando viajo pra outros países, eu raramente faço qualquer plano de saúde, exceto quando o país obriga, tipo a Bielorrússia.
Depois de tanto tempo na estrada, todas vezes que acabei precisando de um hospital, paguei no particular e pronto. E foram só duas.
Eu raramente fico doente e sou bastante atento aos problemas do dia a dia. A decisão do seguro de saúde é bastante pessoal e cabe a você optar pelo que te deixa mais confortável.
Como é a rotina de uma pessoa que vive viajando?
Acho esse tema muito importante, para quebrar algumas ilusões que a internet cria sobre o nomadismo digital.
Aquela história de trabalhar da praia, bebendo uma caipirinha, não funciona tão bem quanto parece.
Um bom nômade digital, para ter resultados profissionais de verdade, precisa se dedicar tanto quanto uma pessoa normal.
Ou seja, ele precisa ter uma rotina.
A grande diferença, é que você pode escolher o escritório que quer trabalhar, em qualquer lugar do mundo, e em muitos casos, fazer seu próprio horário.
Vários nômades digitais gostam de trabalhar de cafés. Outros preferem ficar em casa para se concentrar melhor.
E tem também os que investem em um coworking, pra melhorar a socialização e fugir da tentação de deitar no sofá e ligar o Netflix (meu caso).
É realmente um gosto pessoal, e recomendo você testar os 3 para tirar sua própria conclusão.
Um site bem bacana é o WorkFrom, que permite digitar o nome da cidade e escolher o tipo de estabelecimento que procura: espaço público, coworking, aberto de madrugada, wifi rápido, etc.
Além disso, eu recomendo muito você ter também uma rotina esportiva, por isso pra mim é muito importante ter uma base.
Meu calendário, de segunda à quinta, é basicamente assim:
- Acordar sem despertador, por volta das 7-8am
- Meditar, às vezes comer algo e me arrumar
- Ir para o coworking por volta das 9-10am e trabalhar até umas 19h
- Sair do trabalho e fazer algum exercício/esporte
- Tempo livre pra entretenimento ou estudos
- Por volta da meia-noite, na hora de ir pra dormir, anoto todas as tasks que farei no dia seguinte e recomeço o ciclo.
E você achando que nômades digitais fossem muito diferentes, hein?
Porém, o legal de ter esse lifestyle, é que você tem muito mais prazer em fazê-lo, pois terá escolhido morar em um lugar que realmente goste, além de trabalhar perto de pessoas que você se sinta confortável.
(sem chefes chatos controlando sua vida ou colegas de trabalho fazendo fofoca – diferente de um emprego convencional)
Caso você tenha notado, eu não trabalho de sexta a domingo. Gosto de deixar esses 3 dias livres pra fazer o que quiser, inclusive viajar.
Porém, nada me impede de espontaneamente tirar algumas semanas off do schedule semanal e ir viajar para algum lugar desconhecido.
E um fato curioso: com essa rotina que eu mesmo optei por fazer, advinha só qual é meu dia predileto da semana?
Segunda-feira!
(acredite, quando você realmente gosta do que faz, segundas são incríveis)
Qual o melhor chip internacional de viagem (SIM card para viajantes)?
“Eduardo, quais ítens de viagem são fundamentais para um nômade digital”?
Essa pergunta chega sempre no instagram, e acho engraçado respondê-la, por um motivo:
Os nômades digitais não precisam de mais coisas, e sim de menos.
Ao invés de perguntar “o que não pode faltar na minha mala?” você mesmo é refletir “será que eu realmente preciso disso na minha mala?”.
O estilo de vida do minimalismo está diretamente conectado ao do nomadismo digital. Nós investimos em experiências, não em bens materiais.
Mas tem um ítem que de fato pode tornar sua vida muito mais fácil: Chip Internacional de Viagem.
Ter um chip internacional ativado assim que aterriza em um novo país realmente é uma mão na roda pra qualquer viajante.
Na atualidade, muitos países já possuem quiosques com operadoras de telefonia logo no aeroporto, e é bem fácil comprar neles.
Porém, quando viajamos por poucos dias, talvez não valha a pena ficar trocando de chip toda hora, não é mesmo?
Principalmente em países que possuem um valor mínimo bem alto, tipo no aeroporto de Roma que podem te cobrar 30 euros por um SIM card com pouquíssimos gigabytes de dados.
Falando em caro, ativar sua operadora brasileira internacionalmente também está longe de ser a melhor opção.
Por isso, eu gostaria de indicar as duas que acho mais interessante.
Google Fi
Essa é a minha opção predileta. Eu pago 20 dólares mensais pra manter uma linha ativa no Google Fi que me dá direito a usar 10gb em quase todos os países do planeta, além de ligações ilimitadas em alguns países específicos.
O mais legal do Google Fi é que ele funciona no esquema pay as you use.
A cada 10gb a mais que você precisa usar, vai pagar 10 dólares a mais na fatura, limitados a 60 USD no máximo por mês.
Se por acaso atingir a cota dos 60 dólares, dali em diante é ilimitado, sem pagar mais. Nada de cortar seu acesso ou reduzir velocidade. É um teto de custo, não de uso.
Incrível, não é?
Ah, sim, falando em velocidade, o Google Fi tenta sempre liberar o máximo da operadora local que você estiver usando a antena, seja 4G, LTE, 3G, etc.
Se fizer o cadastro usando meu cupom de desconto do Google Fi (DRNF05), você ainda irá ganhar 20 dólares de bônus assim que atingir 30 dias de uso.
Ou então é só acessar este link: https://g.co/fi/r/DRNF05
Detalhe importante: só é possível receber o SIM card do Google em um endereço nos Estados Unidos (e não dá pra comprar em lojas físicas).
Se você não possuir um endereço americano, é só contratar algum mail forwarder, como TravelingMailbox ou EarthClassMail, e ele encaminha pra onde você estiver no planeta.
Comprar Chip Internacional no Brasil
Comprar um chip internacional (SIM card) antes mesmo de sair de viagem, ainda na sua casa no Brasil, pode ser uma opção interessante também.
Não espere ter a melhor velocidade do mundo, mas com certeza vai te quebrar um galho considerável na hora de chamar um Uber do aeroporto ou abrir o Google Maps quando estiver perdido.
Existem várias empresas que fazem esse serviço, mas se quiser, esta é minha recomendação.
São vários pacotes diferentes para Estados Unidos, Europa, etc. É só escolher os países que irá o chip internacional, e quanto de dados precisa, e eles te darão uma das melhores cotações do mercado.
Quais cartões e bancos cobram menos taxas de viajantes?
Uma coisa que todo brasileiro tem em comum ao virar nômade digital, é a insatisfação de ter que pagar os 6.38% de IOF cobrados pelo governo em nossas despesas de cartão de crédito.
Mas tenho uma boa notícia: a cada dia que passa, há alternativas de fintechs tentando contornar o problema.
Vou tentar falar das mais importantes delas.
Transferwise
Essa é de longe a melhor opção já criada até hoje para enviar dinheiro para fora do Brasil para uma conta em seu nome em qualquer lugar do mundo
O bacana do Transferwise, é que o dinheiro não sai do Brasil pra Alemanha, por exemplo, em formato Wire Transfer, mas sim, são feitas transações regionais em ambos os países.
Por exemplo: o João no Brasil quer mandar dinheiro pro Ben na Alemanha. E ao mesmo tempo, a Marie na Alemanha quer mandar dinheiro pra Fernanda no Brasil.
O que o Transferwise faz, é basicamente conectar o João à Fernanda, ambos no Brasil, e a Marie ao Ben, na Alemanha, fazendo transações regionais entre eles.
Ao fazer isso entre milhares de pessoas ao mesmo tempo, eles conseguem cobrir os custos de transações internacionais pra praticamente todos os países, em questão de horas.
E para os brasileiros, além de conseguirmos taxas de conversão e operação bem mais baixas que dos bancos tradicionais, o IOF é de apenas 0.38%. Ou seja, uma bela economia.
Existe porém, um limite anual criado pelo Banco Central, que o Transferwise está trabalhando fortemente em tentar reverter (vocês sabem como funcionam as burocracias brasileiras). Mas mesmo assim, já quebra um galho.
O Transferwise também começou recentemente a opção de um cartão de débito chamado Borderless, mas assim como o Google Fi que mencionei lá em cima, você vai precisar de um endereço americano.
Revolut
Para quem viaja ativamente a vários outros países, há sempre o problema de conversão de moeda, que você nunca sabe de fato quanto vai pagar. Até inventarem o Revolut.
São inúmeras fintechs nascendo o tempo todo, mas o Revolut de fato ganhou seu destaque entre a comunidade dos nômades digitais, pela grande facilidade de converter as moedas do dinheiro que está dentro da sua conta, com taxas bem abaixo do mercado.
Ele não opera como um banco tradicional com agências ou ATM’s próprias, mas você pode sim sacar dinheiro e transacionar com facilidade. Além disso, ao solicitar seu cartão de débito Revolut, você terá também uma conta bancária no Reino Unido, que poderá usar para receber dinheiro internacional (como do Transferwise vindo do Brasil, por exemplo).
O Revolut é totalmente gratuito, mas você pode sim optar por suas versões pagas, que incluem opções como seguro de viagem e um cartão black metal, por um valor bem baixo mensal.
Caso não tenha um endereço de amigo na Europa para solicitar o cartão, existem também vários mail forwarders que fazem o serviço, como a ClevverMail, presente em várias capitais pelo mundo.
Bancos internacionais digitais (Fintechs)
Há uma grande tendência de bancos tradicionais começarem a atender essa crescente demanda por serviços exclusivamente digitais, e é difícil acompanhar o mercado.
Mas vou listar aqui os bancos digitais mais conhecidos da atualidade pelos nômades digitais, e você pode consultar no site de cada um se eles atendem suas necessidades:
- Revolut
- Transferwise Crossborder
- Monzo
- N26
- Bunq
- Starling Bank
- Curve
- Azlo
- Monese
- Tomorrow One
- Holvi
Mas lembre-se:
Cuidado para não investir mais tempo tentando reduzir seus custos do que em aumentar seus ganhos.
Que língua preciso falar para iniciar no nomadismo digital?
Como você já deve estar imaginando, o idioma principal usado pelos nômade digitais é o inglês.
Porém, isso não quer dizer que você não pode se tornar um se ainda não for fluente na lingua. Pelo contrário, já encontrei vários viajantes pelo mundo que não falavam quase nada de inglês – e estavam aprendendo com a vida.
É claro que não falar inglês vai tornar seu dia a dia mais difícil, mas não tenha isso como um impeditivo. O fato de falarmos português, que é próximo também do espanhol, já é muito melhor que falar somente alemão, por exemplo.
Com o “portunhol” você consegue se virar em países como França e Itália sem problemas, além de toda a América Latina e algumas regiões dos EUA.
Mas, se há um skill que eu acho que todo ser humano no planeta deveria aprender, é falar inglês.
Uma boa comunicação pode abrir portas, independente de onde você estiver morando.
Outra pergunta que recebo bastante, é pedindo dicas de qual terceiro idioma vale a pena investir, pra quem já fala português e inglês fluentes.
Eu particularmente acho que o espanhol pode ser muito útil, e por isso resolvi me fluentizar nele também quando morei em Medellin na Colômbia, mas acho que sua carreira profissional pode ter maior impacto nessa decisão.
(vou falar mais sobre minha história de nômade mais abaixo)
Se você viaja sempre a negócio na China, por exemplo, com certeza vale priorizar o mandarim como terceiro idioma.
A opção de ter um terceiro idioma ou não é realmente sua, mas a de falar inglês fluente, acho que não há nem o que cogitar: aprenda já!
Quem são os mais populares nômades digitais brasileiros?
É muito difícil levantar de fato todos nômades digitais brasileiros que existem, pois muitos deles não bastante low-profile, ou seja, pouca gente conhece.
Por isso, vou listar aqui os mais populares baseados nas redes sociais.
Eduardo Borges (nômade desde 2010)
Nascido em São Paulo, resolveu aos 23 anos de idade largar seu emprego no Banco Citibank e aventurar-se pelo mundo.
Profissional pioneiro em marketing digital, ganhou seu primeiro dinheiro com sites em 1999, aos 14 anos de idade.
Trabalha hoje com foco em SEO e Facebook Ads, monetizando seus sites com afiliados/parceiros e também com a venda de seus próprios infoprodutos.
Já visitou mais de 50 países e teve como base 17 deles (Australia, Belarus, Brasil, Canada, Colombia, Estonia, França, Hungria, Indonesia, Itália, Polônia, Rússia, Serbia, Thailand, Ucrania, USA, Vietnam).
Bases pelo mundo: Budapeste, Florianópolis e Bangkok.
Onde você pode encontrá-lo: instagram (eduardoborgesbr) e youtube.
(em breve irei atualizar esta lista)
Como fazer amizades e conhecer pessoas pelo mundo?
Sempre que me perguntam quais os maiores problemas que encontro entre os nômades digitais, minha resposta é a mesma: solidão e saudades.
A parte boa, é que esses sentimentos são mais fortes somente quando você está iniciando nesse estilo de se despegar de tudo para viajar sozinho. Não é fácil abandonar tudo que gosta pra trás e ir em busca de coisas novas.
Mas como tudo na vida, os desafios se tornam aprendizados e nos fortalecem ainda mais.
Passados alguns meses viajando o mundo (e no meu caso, mais de 10 anos), eu já consegui converter esses desafios em fatores positivos.
Primeiro, porque eu acabo conhecendo muito mais gente viajando do que conheço quando estou parado em uma mesma cidade.
Por mais que eu tenha amigos pra me apresentar pra outros amigos na minha cidade natal, a grande verdade é que a gente só fica circulando sempre com as mesmas pessoas. E falando dos mesmos assuntos.
Quando você sai da zona de conforto, vai notar que a pessoa desconhecida sentada ao seu lado no Starbucks, pode acabar virando uma amizade de muitos anos – e muitas vezes você acaba falando com ela.
Qual a chance disso acontecer na sua cidade?
A “falta de amigos” é exatamente o que nos coloca mais abertos a conhecer outras pessoas. E quando fazemos isso, a solidão acaba passando mais rápido.
Existe um porém: os viajantes vão e vem a todo momento, então você precisa se adaptar a ter amizades mais temporárias e menos profundas quando não possui uma base fixa em um país.
Por isso, depois de algum tempo viajando, muitos nômade digitais, optam por ter essa base mais fixa. Para fazerem amizades com outras pessoas que também fixaram bases naquela cidade, além é claro, de ter uma rotina.
Se sentimentos de solidão é algo que te incomoda, então não adianta ter um roteiro dos 12 países que irá morar este ano. O ideal, é ir pra um lugar com visão de médio prazo, e quando cansar de lá, você vai pra próxima cidade, sem pressão.
Em relação à saudade, ela também tende a reduzir bastante com o tempo. Eu deixei meus cachorros, família e grandes amigos no Brasil, e é claro que adoraria estar com eles, mas lembro sempre de algo que me faz continuar sempre feliz:
Saudade é o preço que se paga por momentos bem vividos.
Lembre-se disso.
Reflexões à parte, seguem minhas dicas para conhecer pessoas pelo mundo, extraída de uma lista que criei e viralizou no instagram:
- Através do Facebook: Entre (e interaja bastante) em grupos como: “Expats in Budapest”, “Digital Nomads in Bali”, “Brasileiros em Vancouver”, etc. Busque também eventos acontecendo na sua cidade, e participe deles. Poste no seu timeline pedindo dicas de uma cidade específica, e seus amigos começam a marcar os amigos deles pra te ajudarem.
- Através de Redes Sociais: Internations, NomadList Chat, ASmallWorld, InnerCircle, DynamiteCircle, Couchsurfing Hangouts, Couchsurfing Meetings, Tinder, Bumble, Happn, MeetUp e até participar de Airbnb experiences.
- Fora da internet: Hospedar-se em algum hostel por alguns dias e ficar amigo principalmente da galera que trabalha nele, coworkings, cafés que sejam laptop-friendly, aulas de yoga, clubes de corrida, grupos de viagens de nômades digitais (Remote Year, Wifi Tribe, Nomad Cruise), participar de pub crawls, ir em walking tours, sauna da academia, lounges de aeroporto, voluntariado, aulas de culinária, pintura, dança, etc.
É muito importante mostrar-se aberto a novas conexões, e se eu puder dar uma dica de networking: esteja sempre sorrindo e tente sempre ouvir mais do que falar.
Sempre que for fazer um comentário sobre algo, tente ser positivo. Por exemplo, ao invés de dizer “eu não gosto de Berlin”, é melhor dizer “Eu gosto muito de Munich”.
Pode parecer silly, mas transparecer positividade o tempo todo vai te tornar uma pessoa mais agradável perante os outros.
Desta forma, as pessoas vão querer te ver novamente e formar uma amizade com você.
(e é isso que eles esperam de nós, brasileiros: alegria e bom humor)
Ah, se você estiver em países que bloqueiam alguma dessas redes, basta comprar um VPN.
Quais as melhores comunidades online de nômades digitais?
Existem alguns sites que de fato ajudam bastante na vida de nós, nômades digitais. Vou listar abaixo os que mais utilizo.
NomadList
Criado pelo holandês Levels, o NomadList hoje é um dos sites mais populares para encontrar o destino perfeito para nômades digitais.
O Nomad List é bastante útil também para identificar, por exemplo, qual a melhor época do ano para morar em tal cidade, a qualidade do ar nela, a melhor operadora de celular para comprar um chip local, o respeito com a diversidade de gêneros, entre dezenas de outros filtros.
Além disso, para os membros pagos do NomadList Pro, há também a possibilidade de participar de um grupo no Slack, com mais de 8.000 nômades digitais interagindo em canais como #productivity, #marketing, #housing, e grupos específicos de cidades, para que os membros possam se conhecer.
Recentemente o Levels criou também uma função de “Dating”, bem parecida com do Tinder, mas ao invés de mostrar pessoas na sua cidade, ele foca em mostrar pessoas com interesses parecidos ao seu (já que os nômades podem morar em qualquer lugar do planeta).
As funções do site em si são gratuitas, mas se quiser fazer parte da comunidade fechada, há uma fee de $149 dólares para acesso eterno.
Dynamite Circle
Criados pelos americanos Dan Andrews and Ian Schoen, o Dynamite Circle (ou “DC”, como é conhecido), é um grupo privado para location independent entrepreneurs ou seja, os “nômades digitais avançados”.
Isso porque, para participar do grupo, além de ter que ser indicado por algum membro atual, eles possuem também um filtro de pessoas que façam no mínimo 5 mil dólares mensais. Além de pagar pelo membership, que custa 499 dólares anuais.
O site em si é um fórum fechado, onde as pessoas interagem sobre diversos temas, desde “como pagar menos impostos abrindo uma empresa em Nevis Island” até “qual a melhor forma de viajar com seu cachorro pela Ásia”.
Você provavelmente não vai achar um site explicando muito sobre o DC, pois como mencionei, ele é fechado.
Mas se quiser saber mais, pode ouvir o podcast Tropical MBA, onde Dan e Ian entrevista vários de nós para falar sobre viagens e negócios.
Eu faço parte do DC há muitos anos, e o que mais gosto, além do conhecimento que o pessoal repassa no fórum, é poder encontrar a galera em todos países que vou.
Além do evento anual realizado em Bangkok, chamado DCBKK, há também edições independentes acontecendo todos os meses por vários países. Como este do DCx Budapest, onde eu falei sobre SEO pra galera:
Os membros do Dynamite Circle costumam também fazer os chamados “Juntos”, uma espécie de happy hour realizados simultaneamente em várias cidades do mundo, toda terceira quarta-feira do mês.
A Small World
O “A Small World”, também chamado de ASW, é uma rede social não exatamente para nômades digitais, mas sim para “expats” que possuam uma vida internacional.
O grande diferencial dela é ter um lado mais posh/fancy do que as outras redes sociais de viajantes.
Você pode ser convidado por um membro atual e se cadastrar rapidamente, ou então passar manualmente pelo critério de análise deles, onde deverá submeter documentos comprovando quanto ganha e qual seu business.
A maior utilidade do asmallworld, além de descontos e facilidades de acesso em programas relacionados ao mercado de luxo, são os eventos que eles fazem em hotéis 5 estrelas ou bares mais refinados em diversas cidades pelo mundo.
Eu já fui em cocktails do A Small World em várias cidades, como Moscow na Rússia, Warsaw na Polônia e até São Paulo. Em todos, acabei fazendo amigos pra vida inteira.
O custo para ser membro do ASW é de 80 euros por ano. Se tiver interesse em participar, me manda uma mensagem no instagram, posso tentar te convidar.
Outros sites úteis para viajantes
Abaixo mais alguns sites que possam te interessar:
- Internations: parecido com o ASW (mas menos luxuoso), ele tem foco em expatriados que moram pelo mundo. Seus “embaixadores” regionais organizam mensalmente eventos para todos membros em diversas cidades participantes.
- InnerCircle: esta é uma espécie de rede social para viajantes, mas com foco em dating (ou seja, relacionamentos amorosos). É preciso ser convidado a participar e grande parte dos membros são pessoas internacionais.
- CouchSurfing: uma rede social de mochileiros, mas que você pode sim conhecer gente muito bacana mesmo se este não for seu estilo. O app deles possui uma função de Hangouts, que você pode chegar em uma cidade, mostrar-se disponível, e irá encontrar outros “mochileiros” disponíveis naquela mesma cidade.
- MeetUp: o foco dele é de fazer as pessoas se encontrarem para fazerem algo em comum, seja praticar yoga no parque, degustar vinhos em um bar, discutir sobre tecnologia em um happy hour, as opções são inúmeras, e os eventos costumam ser gratuitos.
Onde conseguir trabalhos remotos?
A forma que mais gosto de conseguir trabalhos remotos, sejam eles fixos ou temporários (freelas), sempre foi contatar as empresas diretamente, ao invés de “enviar meu cv”.
Encontre um nicho que você goste, busque as as empresas que atuam nele, e entre em contato com os tomadores de decisão, seja por e-mail, mensagem no LinkedIn, Twitter, o que for.
Fazer diferente do que as pessoas fazem pode muitas vezes abrir portas que nem existiam, principalmente quando as empresas não estavam pensando em contratar alguém naquele momento.
De qualquer forma, separei vários sites que você pode sim aplicar para vagas remotas, principalmente internacionais. As descrições não são minhas, copiei diretamente de quem sugeriu o site.
Sites para Trabalhos na Área Digital
- Dynamite Jobs
- ProBlogger
- 99 Designs
- Codeable
- Jobs.WordPress.net
- Codeable.io
- Cloud Peeps
- WeWorkRemotely
- GitHub
- We Work Remotely
- Remote Ok
- Working Nomads
- Konker.io
Sites para Trabalhos Remotos Variados
- VirtualStaffFinder
- Jobrack
- Fiverr
- Upwork
- Outsourcely
- PeoplePerHour
- WiggleWork
- 2ndOffice
- VirtualValley
- Freelancer
- Zirtual
- FreeUp
- HireMyMom
- Amazon Mechanical Turk
- FreeeUp
- Handshake
- Get Apprenticeship
- HubStaff Talent
Sites de Empregos Tradicionais
- Indeed
- FlexJobs
- Angel.co
- Monster
- CareerBuilder
- Dice
- LinkedIn Jobs
- TechFetch
- CraigsList
- Kijiji
- JobBank
- Erasmus Interns
- Ziprecruiter
Sites de Trabalho Remoto para Brasileiros
- Trampos
- Workana
- 99 Freelas
- GetNinjas
- Home Agent
- Lion Bridges
Preparado para ser um nômade digital?
O nomadismo digital não é para todo mundo.
Porém, conheço muita gente que mudou completamente de vida quando resolveu optar por este lifestyle – que nunca imaginou que teria.
E a maioria nem pensa em voltar a ter a vida de antes.
Se você chegou até aqui, imagino que possa ser uma dessas pessoas.
Caso esteja se perguntando “será que é pra mim?” ou “por onde começar?”, criei este manual com um passo a passo que deve clarear ainda mais sua mente a respeito do tema.
Talvez esta leitura seja o empurrão final que faltava para você embarcar nessa viagem a uma vida totalmente nova.
Mas não vamos parar por aqui.
Gostaria de tirar dúvidas ou deixar dicas sobre o tema?
Então posta aqui nos comentários abaixo e será um prazer falar com você.
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